Por Adriano Salgado • 27 de junho de 2020
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (25) seu novo ministro da Educação: Carlos Decotelli, oficial de reserva da Marinha, será o terceiro ocupante do comando do MEC no atual governo, depois da demissão de Abraham Weintraub e de Ricardo Vélez.
A nomeação de Decotelli é vista como mais um aumento de protagonismo militar no governo Bolsonaro – neste caso, particularmente, da Marinha. De perfil mais moderado que seu antecessor, Decotelli é um acadêmico e também o primeiro ministro negro de Bolsonaro.
Durante alguns meses no ano passado, entre fevereiro e agosto, ele comandou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao MEC que costuma ser alvo de disputas em qualquer governo, por gerir um orçamento bilionário (de R$ 55 bilhões em 2019) e ser responsável por financiar alguns dos principais programas da educação básica pública nos municípios, como transporte e infraestrutura escolar.
Um dos programas priorizados na época pelo fundo, o Educação Conectada, ganhou as manchetes meses depois, quando a Controladoria-Geral da União encontrou inconsistências em um edital de R$ 3 bilhões de um pregão para a compra de equipamentos de tecnologia educacional.
Em agosto, Decotelli havia sido demitido do FNDE e alocado para a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), também no MEC.
Perfil
A Agência Brasil destaca que ele participa do governo Bolsonaro desde a transição e atuou como professor nas Forças Armadas. Também tem passagem como docente por universidades como a Fundação Dom Cabral e a FGV.
Fontes: Correio Braziliense / BBC Brasil / Agência Brasil