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Plenária Unificada na UFLA faz balanço das negociações entre servidores(as) e o governo em meio à mobilização nacional de 48 horas de paralisação.


Por Adriano Salgado • 10 de novembro de 2023

Nos dias 7 e 8 de novembro, as entidades ligadas à Educação Federal se mobilizaram em todo o país na defesa da universidade pública, da recomposição salarial dos serividores(as) e contra os cortes no orçamento das instituições e do próprio financiamento da pesquisa científica nacional.

Na quarta (8/11), foi realizada uma Plenária unificada das entidades estudantis e sindicais da UFLA. O evento aconteceu no Centro de Convivência e teve a participação de representantes da ADUFLA, SindUFLA, DCE e APG, que puderam abordar a atual conjuntura de luta pelo prisma de cada uma das categorias. O encontro teve a mediação do professor Daniel Pereira (DAT).

A professora Clarissa Rodrigues, 2ª Vice-presidente da Regional Leste do ANDRES-SN, convidada da ADUFLA para participar do evento, apresentou um relato sobre o andamento das negociações com o Governo Federal sobre a recomposição salarial dos(as) Servidores(as) Públicos(as) Federais, a reestruturação da carreira docente, a revogação do Novo Ensino Médio e o corte de verbas da Educação, entre outros pontos.

Professora Clarissa Rodrigues, 2ª Vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN

Ela destacou a importância de uma grande mobilização nacional com participação de todas as categorias do funcionalismo federal como forma de pressionar o governo Lula a apresentar respostas concretas sobre as demandas das entidades dentro da Mesa Nacional de Negociação. Vale lembrar que a próxima reunião da mesa será no próximo dia 16 de novembro.

A professora Karen Luz Burgoa Rosso, presidente da ADUFLA, ressaltou a importância da universidade enquanto centro de produção de conhecimento, de ciência e de inovação, com reflexo direto no crescimento do país e na própria economia, agregando valor a produção nacional e abrindo possibilidade de inserção social através do acesso ao ensino superior para milhares de pessoas, algo que muitas vezes passa desapercebido pela maioria da população.

Professora Karen Luz Burgoa Rosso, presidente da ADUFLA Seção Sindical

Karen criticou também as políticas que visam uma mercantilização da educação dentro das universidades através de programas de parcerias com iniciativa privada, criando diferenciação dentro da própria categoria docente, resultando até mesmo num esvaziando a própria luta sindical devido à falta de isonomia entre os pares.

Por fim, lembrou que a luta deve ser travada através da união das entidades representativas dentro da universidade, através de ações conjuntas que fortaleçam o movimento em defesa tanto dos servidores e servidoras quanto da própria universidade pública no país.

Falando em nome dos técnicos-administrativos, o servidor José Sebastião Andrade de Melo lembrou que a categoria estava paralisada como demonstração de insatisfação com andamento das negociações com o Governo Federal em relação à recomposição salarial. Ele destacou, no entanto, que a luta dos técnicos administrativos vai além da questão remuneratória e passa pela necessidade urgente de atualização da própria carreira como um todo, corrigindo distorções e adequando a mesma à realidade atual.

José Sebastião de Andrade Melo (SindUFLA)

José Melo também defendeu a luta conjunta das categorias como forma de pressão em defesa dos direitos e das garantias constitucionais e contra os ataques sofridos nos últimos anos que visam desestruturar o serviço público como um todo, em especial a Educação, com reflexos tanto para as universidades federais quanto para a própria carreira dos servidores(as) públicos(as).

Daniella Pereira (APG)

Por fim, a representante da Pós-Graduação, Daniella Pereira, foi a voz dos estudantes na plenária ao criticar os cortes na CAPES e os reflexos futuros que isso pode ocorrer na liberação de novas bolsas. Ela lembrou que sem o incentivo financeiro, a produção científica fica prejudicada no país, e sem dinheiro para o custeio das universidades, a qualidade do Ensino acaba prejudicada, além do fato de que os estudantes que necessitam de auxílio para se manter acabam sendo os mais prejudicados em todo o processo, pois são obrigados a dividir o tempo entre estudar e trabalhar, o que acaba prejudicando a sua formação acadêmica.

Ascom/ADUFLA

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