Por Adriano Salgado • 13 de novembro de 2017
Docentes de seções sindicais e da diretoria do ANDES-SN participaram no sábado (11), da Marcha pela Ciência, realizada na Praça Mauá, em frente ao Museu do Amanhã, no centro do Rio de Janeiro (RJ). A manifestação vem ocorrendo em diversos estados brasileiros e cobra a recomposição do orçamento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC).
Segundo Epitácio Macário, 2º tesoureiro e da Coordenação do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTC&T) do Sindicato Nacional, a marcha teve por objetivo denunciar os cortes no orçamento da pesquisa científica no país, que afetaram os institutos e as universidades pública. Desde 2014, o orçamento de C&T, assim como das demais políticas públicas, vêm sofrendo sucessivos cortes. Neste ano, os recursos repassados para a pasta foram da ordem de R$ 5,9 bilhões e já foram reduzidos em 25% no orçamento de 2018.
“Incorporamos a reivindicação da imediata recomposição do orçamento de Ciência e Tecnologia, vinculada à luta contra os cortes em outras políticas públicas e contra a privatização. Ou seja, por conhecimento sem cortes e sem privatização. Combatemos, por exemplo, a privatização que se dá por dentro dos institutos e universidades públicas, agora legitimados pelo Marco de Ciência, Tecnologia e Inovação (criado em 2016). Defendemos também que a Ciência e Tecnologia desenvolvidos nos espaços públicos sejam voltados para solucionar os problemas do povo brasileiro”, explicou Macário, ressaltando que a diretoria do ANDES-SN tem buscado unidade de ação com entidades e movimentos que estejam nas ruas contra os cortes orçamentários e a agenda regressiva do governo federal.
De acordo com o diretor do ANDES-SN, o Marco Regulatório de C&TI institucionaliza formas não clássicas de privatização, como o compartilhamento da estrutura física, de trabalhadores – docentes, técnicos-administrativos e estudantes bolsistas – com o setor privado, bem como a cessão do patrimônio intelectual desenvolvido nas universidades e institutos públicos, com recursos da União.
O ANDES-SN tem feito ampla campanha de divulgação dos impactos negativos do novo marco regulatório para a Ciência e Tecnologias públicas, tendo como referência a cartilha Marco Legal de C&TI – Riscos e consequências para as universidades e para a produção científicas no Brasil.
Andes/SN