Por Adriano Salgado • 24 de maio de 2024
Em assembleia de greve na tarde desta quinta-feira (23/5), os docentes e as docentes da UFLA rejeitaram, por unanimidade, a última proposta apresentada pelo governo na mesa de negociações realizada no dia 15 de maio, em Brasília, na qual, além de manter o reajuste de zero por cento para 2024, substitui os índices gerais antes apresentados para 2025 e 2026 por percentuais distribuídos entre as classes da carreira do magistério federal, criando disparidades de reajustes dentro dos diversos níveis, os chamados “steps”.
Além de votar não à proposta do governo, a assembleia da ADUFLA aprovou encaminhamentos como forma de subsidiar o Comando Nacional de Greve durante as negociações junto ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) na mesa agendada para o dia 27/5.
A primeira deliberação propõe um reajuste linear para toda a categoria, contrapondo a proposta do governo em oferecer diferentes percentuais de acordo com cada nível da carreira docente. No mesmo sentido, o segundo encaminhamento foi pela manutenção da proposta do ANDES-SN que reivindica um reajuste de 22,71% como horizonte de recomposição nos próximos três anos, sendo 7,06% de reajuste em 2024; 9% de reajuste em janeiro de 2025; e 5,16% de reajuste em maio de 2026.
Por fim, a plenária aprovou apoio ao Comando Nacional de Greve e ao próprio ANDES-SN nas ações jurídicas contra a participação do Proifes nas mesas de negociação com o Governo Federal pelo simples fato da entidade não ter representatividade junto ao conjunto da categoria e tampouco possuir prerrogativa jurídica para tal.
Antes, na abertura da assembleia, foi aberta a fala a representantes de Técnicos-Administrativos e de estudantes para informes e atualização das ações dentro do movimento. Em seguida, o Comando Local de Greve apresentou detalhes da proposta do governo em apreciação e também da contraproposta do ANDES-SN como subsídio ao debate da plenária.