Por Adriano Salgado • 21 de fevereiro de 2019
Com a presença de trabalhadoras e trabalhadores de várias partes do país, as centrais sindicais brasileiras realizaram nesta quarta-feira (20) um forte ato político. A Assembleia da Classe Trabalhadora reuniu cerca de 10 mil pessoas na Praça da Sé, no centro de São Paulo. Na pauta, a organização da luta contra a Reforma da Previdência, apresentada hoje pelo governo federal no Congresso Nacional, considerada um ataque à aposentadoria da classe trabalhadora.
O integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, lembrou que a unidade das centrais, baseada na mobilização dos trabalhadores, construiu a Greve Geral, em abril de 2017, sendo que tal mobilização foi fundamental para barrar a proposta de reforma da Previdência de Michel Temer. Ele ressaltou que essa unidade novamente se faz necessária.
ANDES-SN presente
O ANDES-SN e diversas seções sindicais estiveram presentes na atividade na capital paulistana. O presidente do Sindicato Nacional, Antonio Gonçalves, ressaltou a importância do ato, que contou com a participação de docentes de todo o país.
“Hoje é um dia histórico para nossa classe. O ANDES-SN esteve presente com seus diretores e diversas seções sindicais também participaram nesse grande dia de mobilização nacional. Compareceram milhares de pessoas com intervenções de entidades, movimentos sociais e também das centrais sindicais no carro de som. Foi um ato muito importante para impulsionar a luta contra a contrarreforma da previdência”, ressaltou o presidente do ANDES, que afirmou ainda que o ato em São Paulo não era uma manifestação isolada, e sim o início de uma grande luta em defesa dos direitos de aposentadoria.
Centrais organizarão outros dias de luta unificada
A Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora neste dia 20 lançou o Manifesto unificado das centrais sindicais contra Reforma da Previdência. O documento afirma o início de um processo de mobilização nacional, com atos públicos e protestos nos locais de trabalho. Além de propor uma ampla campanha de conscientização da população sobre a gravidade da proposta.
O documento antecipa que será definido um dia nacional de lutas e mobilizações em defesas das aposentadorias e da Previdência. Afirma que os dias 8 de Março – Dia Internacional da Mulher e 1° de Maio – Dia Internacional do Trabalhador também serão datas de mobilizações unificadas contra a reforma.
As centrais sindicais se reúnem novamente na próxima terça-feira (26) para avançar na construção do calendário de lutas.
Fonte:ANDES-SN
*Com informações da CSP-Conlutas