Por Adriano Salgado • 17 de fevereiro de 2023
De acordo com os cálculos, se usar os R$ 11 bi previstos no orçamento, o governo poderia chegar a um reajuste de 9% a partir de maio. De toda forma, a proposta do governo federal não foi formalizada oficialmente, e prometeram apresentar um documento oficial até esta sexta-feira, dia 17 de fevereiro.
No primeiro encontro após a reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o governo recebeu o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), para conversar sobre as propostas.
O secretário de Gestão de Pessoas (SGP), Sérgio Mendonça, informou que o governo pretende usar toda a disponibilidade orçamentária, os R$ 11,2 bilhões, para conceder o reajuste, mas quer tirar desse valor também o aumento do auxílio alimentação – fato que as entidades informaram não concordar.
Sérgio Mendonça afirmou que é possível utilizar os recursos da seguinte forma:
– 9% de reajuste linear em MARÇO, sem aumento no auxílio-alimentação;
– 7,8% de reajuste linear em MARÇO, com aumento no auxílio-alimentação de R$ 200,00;
– 8,5% de reajuste linear em ABRIL, com aumento no auxílio-alimentação de R$ 200,00;
– 9% de reajuste linear em MAIO, com aumento no auxílio-alimentação de R$ 200,00.
De acordo com os cálculos, se o governo usar os R$ 11 bi, poderia chegar a um reajuste de 9% a partir de maio. De toda forma, a proposta do governo federal não foi formalizada oficialmente, e prometeram apresentar um documento oficial até esta sexta-feira, dia 17 de fevereiro.
Uma nova reunião para avaliação das propostas já ficou agendada para o dia 28 de fevereiro. Na data, Sérgio Mendonça prometeu ainda apresentar informações sobre “revogaço” e outros itens.
ANDES_SN
O ANDES-SN esteve representado nesta primeira reunião da mesa permanente por Jennifer Webb, 3ª tesoureira do Sindicato Nacional. Na reunião com o secretário de Gestão de Pessoas e Relação de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Sérgio Mendonça, o diálogo ficou restrito à construção efetiva de negociação, com o governo sinalizando, além dos 9% de recomposição salarial, um reajuste de 40% no auxílio-alimentação, em grosso cálculo algo em torno de R$ 200,00. A essa alternativa posta na mesa, as entidades propõem estender o percentual para os demais auxílios pagos às categorias.
Ao avaliar o resultado dessa primeira rodada de negociação, Jennifer Webb lembrou que a pauta deste encontro girou em torno das discussões coletivas no Fonasefe. Já aquela específica da categoria docente, que inclui perdas salariais históricas, não foi discutida hoje, mas permanece no horizonte da negociação. De acordo com a diretora do ANDES-SN, o diálogo sobre as pautas específicas deverá ser retomado nas negociações setoriais, já sinalizadas também na reunião desta quinta.
“É importante destacar que não defendemos penduricalhos. Nós temos acordo na nossa categoria que o que queremos é uma remuneração justa e que os auxílios e tudo aquilo que vem como extra, sejam incorporados em nosso salário-base”, afirmou. A dirigente destacou ainda a necessidade da categoria permanecer mobilizada e atenta a tudo o que o governo está tratando com o funcionalismo público nesse momento.
Fontes: Fonacate/ANDES-SN
Por Ascom/ADUFLA