Por Adriano Salgado • 23 de abril de 2021
O ANDES-SN encaminhou, nessa terça-feira (20), orientações às e aos docentes para a realização de ações que marquem o 1º de Maio – Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora. “No Brasil, a dramática conjuntura em que vivemos, com a aceleração da fome, da carestia, do desemprego em massa, dos números de mortes que não param de aumentar, vítimas da COVID-19 e do descaso do governo, exige que neste 1º de Maio intensifiquemos a denúncia das políticas genocidas de Bolsonaro-Mourão que tem investido em um projeto deliberado de morte, de desmonte do Estado brasileiro, e exclusão dos direitos sociais duramente conquistados na Constituição de 1988 pelos trabalhadores e trabalhadoras”, de acordo com circular encaminhada pela entidade.
A orientação é para a realização de ações de solidariedade, com pequenos atos simbólicos e sem aglomerações, com distribuição de máscaras, álcool gel e alimentos; atos performáticos, denunciando as mortes da pandemia e a omissão dos governos nas políticas, reafirmando a necessidade de lockdown e o auxílio emergencial de no mínimo R$ 600,00; atos simbólicos políticos, como faixaços, carros de som nos bairros denunciando o desmonte do estado por meio da Reforma Administrativa, dos cortes orçamentários em saúde e educação; e que as seções sindicais e a categoria docente somem às ações de comunicação nas redes do ANDES-SN, por meio do compartilhamento e engajamento de materiais e twittaço a ser programado.
1º de maio
O 1º de Maio é um dia mundial de luta da classe trabalhadora, historicamente construído para reafirmar a solidariedade de classe e o internacionalismo proletário. A data lembra o ano de 1886, quando, em Chicago, nos EUA, trabalhadores e trabalhadoras realizaram uma grande manifestação por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada de treze para oito horas diárias. A mobilização, que se estendeu por muitos dias, foi duramente reprimida, o que resultou em mortes de manifestantes e desencadeou uma greve geral naquele país.
Em 1891, a II Internacional Socialista, no seu Congresso de Bruxelas, aprovou que o 1º de Maio fosse comemorado, todo ano em todos os países, como Dia Internacional dos Trabalhadores, com caráter da afirmação da luta de classes e reivindicação de jornada diária de 8 horas. No ano seguinte, o Brasil teve seu primeiro protesto em praça pública, para marcar a data, na cidade de Porto Alegre (RS).
Cento e trinta e cinco anos depois dos acontecimentos nos EUA, que marcaram a luta dos trabalhadores em todo o mundo, a classe trabalhadora segue em luta por melhores condições de trabalho e de vida. “Em tempos de crise sanitária, econômica e social como a que atravessamos no presente, é ainda mais urgente reafirmarmos os princípios históricos desta data, sem cedermos a possíveis conciliações com os patrões e com a burguesia”, afirma a diretoria do ANDES-SN.
Fonte: ANDES-SN
*com informações do Brasil de Fato