Por Adriano Salgado • 22 de julho de 2019
Na última quarta-feira, 17, o ANDES-Sindicato Nacional e a Fasubra Sindical participaram de uma reunião com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para conhecer o posicionamento da entidade sobre o projeto “Future-se”.
O programa “Future-se” foi apresentado para reitores de diversas instituições de ensino superior (IES) e dos institutos federais (IF) de todo o país na terça-feira, 16, pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub e, de acordo com a pasta, o objetivo é o de ampliar a captação de recursos privados para instituições de ensino. Depois da reunião, os reitores avaliaram o cenário e as próximas ações frente ao projeto “Future-se”.
A secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage, explica que a reunião com a Andifes foi importante para escutar o posicionamento da instituição diante de mais um ataque à educação pública, gratuita e de qualidade. Entretanto, segundo ela, é necessário um posicionamento mais ágil e incisivo da Andifes ao programa. “Não há o que ser negociado nesse projeto. Ele tem que ser barrado no seu conjunto, pois destrói o sentido público e altera a forma de gestão da universidade. Além disso, ataca a autonomia, em especial, ao que se refere à produção do conhecimento, que ficará subordinada aos interesses dos investidores”, analisou a docente.
O presidente da Andifes, Reinaldo Centoducatte, apontou que, após a proposta apresentada no encontro com o ministro, a Associação vai solicitar aos reitores para que criem grupos de trabalhos para discutir o projeto nas IES. Ele afirmou que cada instituição tem autonomia para tomar a decisão própria e convidou o ministro da Educação para a próxima reunião do pleno da Andifes, para que os representantes da entidade possam apresentar à Weintraub quais os impactos da proposta na gratuidade do ensino, carreira e orçamento, entre outros.
Fonte: ANDES-SN