Por Adriano Salgado • 9 de outubro de 2017
Integrante da primeira diretoria da ASPESAL, o professor relembra passagens que marcaram a criação da entidade
O professor aposentado Luiz Carlos Gonçalves Costa teve participação decisiva na fundação da Associação dos Professores da ESAL (Aspesal), em novembro de 1967. Ao lado do saudoso professor Tarley Fantazzini, que ocupou a presidência da entidade entre 1967 e 1975, ele foi um dos idealizadores da associação, isso poucos anos após a federalização da escola pela União. Juntos, eles mobilizaram os poucos professores à época para plantarem a semente do que é hoje a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Lavras (ADUFLA – Seção Sindical), entidade que está comemorando seus 50 anos em 2017.
Gonçalves conta que a ideia da criação da entidade surgiu das rodas de conversa pelos corredores e escadarias do Edifício Odilon Braga, no Campus histórico da UFLA. “A gente se reunia ali para bater papo e conversar a respeito de assuntos relacionados ao dia a dia da escola. Eu e o Tarley éramos muito amigos, estávamos sempre juntos, e numa dessas conversas tivemos a ideia de criar uma associação que defendesse os interesses dos professores. A ESAL era uma instituição pequena mas com grande força e boa perspectiva de crescimento”, contou o professor.
Da ideia à prática, bastou apenas uma reunião entre todos os docentes para que o encontro se transformasse já na primeira Assembleia Geral que oficializou a fundação criação da Aspesal, em novembro de 1967. “Éramos poucos professores, não chegava a 20 pessoas. Fizemos então uma reunião onde a gente apresentou a proposta de criarmos uma associação, o que foi prontamente aceito, com o Tarley assumindo como presidente”, lembra Gonçalves, que na ocasião ocupou o cargo de 1º Secretário. Ele viria a se tornar depois presidente da entidade, entre 1975 e 1978.
O professor lembra com orgulho desse período e reconhece que Aspesal teve um papel importante no desenvolvimento que escola vivenciou nas décadas seguintes. “Nesta época, a gente se preocupava em nos qualificar, qualificar os departamentos, a instituição. Eu saí para fazer mestrado em São Paulo e depois voltei. Muitos fizeram o mesmo, pois tínhamos esse objetivo. A ESAL era uma escola pequena que cresceu e expandiu. Surgiu o novo campus no terrenos ‘dos Eucaliptos’, aos poucos foram erguidos os departamentos, a nova sede administrativa, e a escola cresceu, sempre com a contribuição da Aspesal enquanto entidade que representava os professores. A gente se reunia com direção da escola para discutir os rumos da instituição e trabalhar para que ela pudesse progredir”, explicou Gonçalves.
Ele acredita que uma das práticas que fortaleceram a Aspesal foi a opção dos presidentes de não se candidatar à reeleição. “A nossa ideia enquanto associação era sempre dar oportunidade para que novos integrantes participassem da direção, trazendo novas ideias, novos projetos para que a associação estivesse em constante evolução. Isso contribuiu muito para chegar no que ela é hoje. Uma entidade forte e representativa dos docentes. Uma legítima Seção Sindical que é de suma importância para a nossa categoria”, destacou o professor.
Luiz Carlos Gonçalves Costa se aposentou no início dos anos 90 mas continuou trabalhando até o final daquela década, quando definitivamente encerrou a sua carreira após ter exercido diversas funções e ocupado diversos cargos dentro da instituição, sendo a sua última colocação a de Coordenador de Extensão da universidade.