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Maior parte do fundo de R$ 102 bi anunciado pelo MEC virá de venda ou concessão de imóveis das universidades e linhas de crédito no mercado financeiro


Por Adriano Salgado • 30 de julho de 2019

Principal aposta é a formação de um fundo com o patrimônio da União, incentivos fiscais e até investimento imobiliário

Entre os várias propostas incluídas no programa Future-se está a criação de um fundo com aporte de R$ 102,6 bilhões para as universidades federais, usando por exemplo bens imobiliários, incentivos fiscais e recursos de cultura, como os da Lei Rouanet. 

O ministro Abraham Weintraub resumiu que a proposta prevê quatro formas de obtenção de recursos: “patrocínio, patrocinador, aluguel e parceria”. O MEC acredita que, com as ações, vai conseguir impulsionar essa captação a mais de R$ 102 bilhões. “O Future-se tenta tornar mais eficiente práticas existentes”, diz texto da pasta apresentando o projeto.

Com um modelo baseado em uma série de dispositivos do mercado financeiro, os recursos para o programa viriam de quatro fontes, segundo o MEC. A “carteira de ações” para o plano prevê chegar a R$ 33 bilhões de fundos constitucionais (linhas de crédito publico/privado para financiamento de pesquisas), R$ 17,7 bilhões de leis de incentivos fiscais e depósitos à vista, R$ 1,2 bilhão de recursos da cultura, R$ 700 milhões da utilização do espaço público, além de R$ 50 bilhões do fundo de patrimônio imobiliário (venda ou cessão de imóveis públicos das universidades), fundos patrimoniais (com doação de empresas ou ex-alunos) e cessão dos “naming rights” de seus campus ou edifício (como ocorre, por exemplo, em estádios de futebol ou cinemas).

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

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