Por Adriano Salgado • 17 de junho de 2019
Ato reuniu diversas entidades de classe de diversas categorias em Lavras contra a proposta de Reforma da Previdência, a retirada de direitos dos trabalhadores, contra os retrocesso e em defesa da Educação Públicas no país
No dia de Greve Geral, 14 de junho, entidades como a ADUFLA, SindUFLA, DCE/UFLA APG, SindUTE, Sindicato dos Metalúrgicos, SindÁgua-MG, Sispmul, Frente Brasil Popular e Levante Popular da Juventude se uniram numa marcha pelas principais ruas de Lavras para dizer não à Reforma da Previdência.
Servidores da Educação, estudantes, servidores públicos, metalúrgicos e trabalhadores em geral levaram o seus gritos de protesto contra a política de “entreguismo” do governo Bolsonaro, as ameaças de retrocessos em conquistas históricas, os cortes no orçamento da Educação e os ataques ao direito do trabalhador brasileiro à uma aposentadoria digna.
A concentração teve início às 16h na Praça Dr. Jorge, Zona norte da cidade, seguida de uma passeata pelas ruas do centro, passando pela Praça Dr. Augusto Silva, coração financeiro da cidade, pela Rua Francisco Sales, onde fica localizada à sede do INSS, e finalizando na Praça dos Trabalhadores, numa marcha democrática que se desenrolou de forma pacífica e sem o registro de qualquer ocorrência.
Além da Reforma da Previdência e dos cortes no orçamento das universidades e da própria Educação como um todo, os discursos ao longo da manifestação lembraram também outros ataques aos direitos dos trabalhadores, como a Reforma Trabalhista e a contenção dos gastos do governo após a aprovação da PEC dos Gastos, que limitou os investimentos em áreas fundamentais como Saúde, Educação, Infraestrura, Pesquisa e Segurança, entre outros desmandos, como a liberação de armas, o afrouxamento da legislação ambiental e a política de privatizações do Governo Bolsonaro.
Na avaliação das lideranças sindicais, a manifestação cumpriu o seu objetivo de levar o grito de insatisfação dos setores representados contra os desmandos do atual governo, que prioriza os interesses do setor financeiro e empresarial em detrimento da classe trabalhadora e da população mas carente que sequer faz parte hoje do mercado de trabalho e que é afetada diretamente pela política de segregação econômica em curso no país.
O ato veio consolidar ainda mais a posição das entidades da classe de Lavras contrárias à política do atual governo já manifestada durante as mobilizações corridas em todo o território nacional nos dias 15 e 30 de maio.