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Pelos direitos e contra a violência: 8 de Março: Greve Internacional de Mulheres


Por Adriano Salgado • 1 de março de 2019

Mulheres do Brasil e do mundo estão terminando os preparativos para a Greve Internacional de Mulheres. A greve ocorrerá em 8 de Março, Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora. Nas ruas, as mulheres lutarão contra o machismo, a desigualdade de gênero, os feminicídios e os projetos que atacam seus direitos.

O 8 de Março de 2019 será marcado por uma série de lutas fundamentais do movimento de mulheres. A Greve Internacional de Mulheres ocorrerá poucos dias antes de que se complete um ano do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes. A vereadora carioca será lembrada nas manifestações de todo Brasil por sua defesa intransigente dos direitos das mulheres. Marielle é reconhecida, especialmente, por lutar em defesa das mulheres negras, pobres e moradoras das periferias. Também se cobrará justiça pelos assassinatos, ainda não resolvidos.

Outra bandeira que estará presente nas manifestações brasileiras e internacionais é o direito ao aborto. Enquanto as mulheres de alguns países do mundo conquistam a descriminalização e a legalização do aborto, no Brasil o tema caminha na contramão. Recentemente foi desarquivado no Senado projeto que prevê a proibição dos casos de abortoatualmente previstos em lei. São eles: em casos de estupro, de risco à vida da mãe e de anencefalia do feto.

O projeto de Reforma da Previdência, recentemente apresentado por Jair Bolsonaro, também estará na pauta do 8 de Março. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 ataca os direitos de toda a classe trabalhadora, mas especialmente das mulheres. O governo desconsidera que as mulheres têm dupla ou tripla jornada de trabalho. A PEC impõe às mulheres a necessidade de trabalhar por 40 anos para ter direito à aposentadoria integral.

ANDES-SN participará da Greve Internacional de Mulheres

O ANDES-SN aprovou, em seu 38º Congresso, participação na construção da Greve Internacional de Mulheres. O Sindicato Nacional indica a paralisação das e dos docentes neste dia.

“Paralisar e mobilizar no 8 de março é dar uma resposta aos ataques e retrocessos deste governo miliciano e de extrema direita, assim como aos ataques da extrema direita no mundo. É fundamental que as seções sindicais se envolvam e participem ativamente das atividades”, defendeu a 1° secretária do ANDES-SN, Caroline Lima, durante a votação do tema no 38º Congresso do Sindicato Nacional.

A docente lembrou o protagonismo “fantástico” das mulheres nas lutas recentes do país, como os atos do “Ele Não” e os números gritantes de feminicídios no país. Só no primeiro mês de 2019, mais de 100 feminicídios foram registrados no Brasil. A luta contra os feminicídios é uma das principais bandeiras do 8 de Março.

Confira aqui a Circular 013/19, sobre a Greve Internacional de Mulheres.

Origem socialista do Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora

A data tem uma origem socialista e foi apagada ao longo dos anos, principalmente durante o período da Guerra Fria. Em 8 de Março de 1917 (23 de fevereiro no calendário juliano), foi realizada uma manifestação de tecelãs e costureiras russas de São Petersburgo. Elas protestaram contra a fome e contra a I Guerra Mundial.

Fonte: ANDES-SN

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